quinta-feira, 16 de agosto de 2012

“Aí é que tá”


Às vezes me pergunto o que há de errado comigo (Amigos, não precisam responder!), porque me sinto um tanto deslocada das conversas de alguns amigos, da sociedade em geral... Da vida!
Não é crise existencial, eu juro e explico...

Acompanho muita gente pelas redes sociais, gente da minha idade, um pouco mais novos e alguns um tanto mais velhos e percebo que em algum momento da vida, escolhi um caminho diferente.
Não estou aqui julgando ninguém, muito menos querendo apontar o que é certo e o que é errado. Quem me conhece sabe que não sou esse tipo de pessoa! Pode ser até que essa versão de Elisa que me tornei esteja “fora de moda”.

Assim, ao invés de falar dos outros, vou falar de mim. Como sou e do que gosto e por consequência, entenderão o porquê de eu me sentir deslocada.

Não sei falar as gírias do momento, e não tem nada a ver com querer parecer “culta”, muito menos achar errado esse tipo de linguagem. Acho perfeitamente normal, em determinados contextos.

Não curto os funks, raps e músicas do gênero que tocam hoje em dia em todas as baladas (por favor, amigos funkeiros, não me crucifiquem!). Até sei cantar alguns e dependo da ocasião, danço e brinco, mas na minha playlist há músicas bem diferentes. Nem melhores, nem piores... DIFERENTES!

Não que eu seja saudosista e ache que as músicas de hoje não prestam... Não apoio esse papo de gente que se prendeu ao passado. Mas, sabem o que eu realmente gosto de ouvir? Alguns amigos me vaiam quando digo; outros dizem que nasci na época errada... Pois bem, não sou daquelas que elege um gênero musical e segue ouvindo-o até a morte. Ouço tudo que me agrada, sem preconceitos... Ouço o que faz bem ao meu ouvido e, principalmente, a minha alma. Por isso “coisas” do tipo: Titãs, Kid Abelha, Marisa Monte, Lulu Santos, Legião Urbana, Barão Vermelho, Paralamas, Skank, Cássia Eller, Roxette, Guns and Roses, Aerosmith, Nirvana, 4 Non Blondes, Red Hot Chili Peppers (os melhores), Goo Goo Dolls, Scorpions, Pink Floyd, ACDC (e muitos outros) estão entre os que gosto de ouvir! E eu NÃO VIVO SEM MÚSICA!

Ah, mas alguns vão dizer: “E o samba? Sabemos que tu adoras um sambinha!”. E é verdade! Não posso negar minha origem... Criei-me ouvindo Paulinho da Viola, Zeca Pagodinho, Clara Nunes, Arlindo Cruz, Sombrinha, Beth Carvalho, Fundo de Quintal, João Noqueira, Nelson Cavaquinho, entre outros. Portanto, o samba tem um lugar especial na minha playlist e no meu coração.

Além disso, essa banalização do amor e das relações amorosas em perturbam. Alguns conseguem dizer “Eu te amo!” assim como trocam de roupa. Nunca entendi como você pode se declarar extramente apaixonado por uma pessoa em um dia e no outro aparecer “agarrado” em outra. E com as redes sociais “bombando” (óhh, consegui encaixar uma gíria), o que não faltam são declarações de amor eterno lindas e dignas de lágrimas, mas fora do mundo encantado do twitter e do facebook, as coisas não são tão assim “conto de fadas”. A pessoa consegue no mesmo instante enviar uma mensagem de amor e ligar para outra marcando um “encontrinho”. Fico pasma e boquiaberta!

Sem falar no que penso sobre a educação, a preservação ambiental, a política etc. Que dariam posts e até livros à parte!

Ai ai ai... Poderia ficar aqui escrevendo e escrevendo, mas não quero parecer a velha “caquética”, santa e culta. Estou bem longe disso!

Apesar de jovem, antenada, curiosa, crítica... Acredito em coisas, que muitos jovens não acreditam mais! Valorizo coisas que já perderam valor há muito tempo! Luto e brigo por aquilo que muitos não movem um dedo! E novamente declaro: NÃO É SAUDOSISMO!

“Aí é que tá”... Não sou do tipo que acha que “o mundo era bem melhor antigamente” quando as pessoas não tinham liberdade para contestar as imposições sociais. Bem pelo contrário, acredito que cada época é uma época (Graças a Deus!) e que só devemos resgatar do passado o que for atemporal, ou seja, aquilo que foi bom ontem, que é bom hoje e que será bom amanhã.

Então, gente bonita, acho melhor eu seguir assim, meio deslocada, porque é do meu jeito torto que eu sou feliz!