terça-feira, 22 de novembro de 2011

Novas gerações... Muitas esperanças...

Hoje é dia de escrever sobre as gerações (afinal essa é uma das temáticas propostas para este blog)!
Sou (Adriana) da geração X que tem muitos desafios a aprender com as novas gerações. Um dos grandes desafios a ser vencido é o do compartilhamento. Isto mesmo, é difícil para alguém da geração X dividir seus conhecimentos (graças a Deus não é o meu caso... acho que já evolui neste sentido...). É interessante verificar como os mais jovens tem publicado seus escritos, descobertas, segredos, conquistas... sem muito medo de serem "roubados". Querem simplesmente espalhar suas ideias por aí e serem reconhecidos por isso!!
O que mais me intriga é que a escola, de um modo geral, não aproveita este detalhe, continua exigindo que os alunos trabalhem individualmente e que pouco compartilhem e construam ideias e textos em grupos. Aliás, na minha opinião, as pessoas estão escrevendo e lendo mais e isso também não é bem aproveitado na escola. Mas isso é para um próximo post...
Infelizmente a escola sempre perde a chance de estar à frente da história...

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terça-feira, 8 de novembro de 2011

Eu acredito em anjos...


Mais um texto inspirado nos amigos, pois o melhor da vida é perceber que não está nela sozinho!


E como pode alguém não acreditar que aquelas pessoas que aparecem em nossas vidas e enchem nosso espaço de pequenas alegrias e atitudes, que possuem algo a mais e que te olham no olho com verdade, não sejam anjos???

Anjos que com duas ou três palavras conseguem nos fazer dar um passo para trás perante o abismo de nossas inseguranças. Pessoas que não usam auréolas visíveis, mas que possuem uma luz capaz de lhe fazer enxergar quando tudo parece escuro.

Estou falando dos amigos... Sim, esses anjos que aparecem de repente, verdadeiros e transparentes, que erram e acertam, mas que fazem toda a diferença.

Amigos que com um sorriso ou um abraço conseguem tirar do seu peito a angústia mais profunda e a lembrança mais doída. Aqueles que sonham com você, tecem elogios e que, quando necessário, pedem desculpas com a simplicidade de uma criança...

Anjos que compram brigas por você, mas que têm firmeza e bom senso pra lhe fazer perceber quando elas não valem a pena.

Amigos que sofrem junto com você, mas que querem mesmo é lhe fazer sorrir.

São anjos, sim! Todos aqueles que, de uma forma ou de outra, passam por sua vida e a deixam menos pesada, menos chata, menos dura...

Amigos/anjos que a cada momento vazio estão ao seu lado, sempre te protegendo e te amando...

Aos anjos da minha vida, dedico minhas orações.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Homenagem aos amigos que valem a pena

Existem pessoas raras, difíceis de se encontrar.
Elas são lindas por fora... Mas, principalmente, são lindas por dentro.
São feitas de carinho... E recheio de verdade!
Costumam chegar de mansinho... E te conquistam dia a dia.
Conquistam com verdades e muito amor!
Elas não têm medo de competição, pois sabem que amigos de verdade nunca se perdem!
Valorizam qualidades... Não defeitos!
Querem te ver crescer.
Querem te ver feliz.
Querem te ver sorrir.
Estão sempre perto... Não te deixam só.
Mesmo quando você não percebe, estão cuidando de você!
Se você teve a sorte, como eu tive, de encontrar uma dessas pessoas...
Não se esqueça de dizer: "Obrigada por você existir!"

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Variação linguística nos livros didáticos


Abaixo compartilho um artigo meu publicado no Jornal Digital "Brasil 247", em maio deste ano, e que gerou muitas críticas (positivas e negativas).


As crenças de que existe uma forma “correta” de falar e que o português é uma língua difícil contribuem para o círculo vicioso do preconceito.



       A discussão em torno do livro didático "Por uma vida melhor", distribuído pelo Programa Nacional do Livro Didático, do Ministério da Educação (MEC), para a Educação de Jovens e Adultos (EJA) não é nova, mas pode ter “vindo a furo” com maior atenção da sociedade, diante de tanto sensacionalismo e ignorância.

       Os estudos linguísticos nos permitem perceber que a língua não é estanque nem homogênea, pois ela varia. A concepção de língua isolada e desvinculada do seu contexto, presente nas gramáticas tradicionais, não pode ser sustentada. Temos de conceber a língua como uma realidade heterogênea, variável e social.

       Quando o assunto é variação linguística, o tratamento oferecido pela maioria dos livros didáticos ainda não atingiu o ideal sociolinguístico. Esse fato deve-se, principalmente, à falta de boas obras de divulgação dos conceitos básicos da sociolinguística e à falta de formação adequada dos docentes. O resultado é que a variação linguística, de modo geral, é abordada de forma superficial, insuficiente ou distorcida. Não é o caso, porém, do livro em questão que apresenta as variedades da língua portuguesa em situações contextualizadas.

       Nenhuma variedade se sobrepõe a outra, elas são apenas empregadas em situações distintas. Negar essa diversidade é ignorar a riqueza de uma língua, além de contribuir para o crescimento das desigualdades sociais, visto que, ao discriminar uma variedade, discrimina-se seu falante. Portanto, o reconhecimento das variedades linguísticas é fundamental para que as escolas desempenhem seu papel principal de levar as pessoas a conhecerem “coisas” que não conheciam. No caso do ensino da língua, conhecer outras formas de falar e de escrever.
     
       E contrariando os ignorantes, desinformados e os gramáticos tradicionalistas, considero muito importante que essas diferentes formas de falar e escrever sejam apresentadas na escola. O problema está em como serão apresentadas.

       Embora a formação dos professores venha sendo modificada, uma vez que as instituições de educação superior passaram a considerar em seu currículo um ensino que privilegia os aspectos linguísticos e não somente os gramaticais, a tradição pedagógica, ainda, exclui manifestações que não representam a escrita da “elite” linguística, ou seja, despreza a norma considerada não-padrão. Faz-se necessária, então, uma nova abordagem no ensino da língua. Essa mudança de abordagem, porém, não significa desconsiderar o ensino da norma-padrão. Pelo contrário, é papel da escola transmitir esse conhecimento ao aluno, porém não apenas esse. Queremos que os alunos evoluam linguisticamente e ampliem sua competência comunicativa.

       É necessário não apenas refletir sobre a variação linguística, mas também que haja mudança na prática escolar. A escola deve ser capaz de mudar seu trabalho pedagógico para não incorrer no erro de acreditar que, para o aluno ter acesso à escrita no nível culto da língua, o mais produtivo é priorizar o estudo da gramática normativa (prescritiva), cujo exercício contínuo seria a única forma de desenvolver as capacidades intelectuais dos alunos. Se o objetivo é fazer com que os alunos reflitam sobre a língua, utilizando os conhecimentos adquiridos para melhorar a capacidade de compreensão e expressão, tanto na escrita quanto na fala, é preciso que a prática contemple esses aspectos. Sendo assim, os conteúdos devem remeter-se diretamente às atividades de uso da linguagem. E, mais do que isso, devem estar a seu serviço.

       O ensino da língua deve primar pela apresentação e descrição das variantes que podem ocorrer em uma comunidade linguística, sem que essas variantes sejam rotuladas como melhores ou piores.Os alunos precisam saber que existem diferentes formas de usar a língua oral e escrita e que deverão adequá-las dependendo das circunstâncias em que ocorrerem. E o professor precisa comprometer-se com uma pedagogia não-excludente no processo de ensino e aprendizagem e que também não venha a causar discriminação ou preconceito. O tratamento inadequado ou até mesmo estigmatizante dessa questão linguística pode comprometer todo processo de aprendizagem, dificultando a integração do aluno na cultura escolar. O problema é que os professores não sabem como agir diante das diferenças entre variedades da língua e acabam considerando-as “erros de português”.

       As crenças de que existe uma forma “correta” de falar e que o português é uma língua difícil contribuem para o círculo vicioso do preconceito linguístico. Por isso, o estudo da variação nos livros didáticos cumpre um papel fundamental na formação da consciência linguística e no desenvolvimento da criticidade e da competência discursiva dos alunos.

       Ponto para a professora Heloísa Ramos, autora do livro didático “Por uma vida melhor”!