quarta-feira, 30 de julho de 2014

A Criatividade e a Escola

A criatividade é um assunto bastante discutido, principalmente entre alguns cientistas e escritores.  Vygotscky, em sua obra “Criação e imaginação”, afirma que criatividade é a atividade criadora que faz do homem um ser que se volta para o futuro e modifica seu presente. A criação, portanto, é a condição necessária da existência.

Para Steve Jobs, um dos grandes nomes da tecnologia, criativos são aqueles capazes de conectar suas experiências com ideias novas e sintonizadas.  E a razão para serem capazes de fazer isso, segundo ele, é que tiveram mais experiências ou pensaram mais sobre suas experiências.

Experiência. Parece que essa é a palavra-chave para desenvolver a criatividade.  Mas como a escola lida com a capacidade criativa dos jovens? A experiência é valorizada no âmbito educativo? Nem sempre essas respostas são positivas, mas deveriam ser.  Há inúmeras formas e estratégias que levam a um ambiente propício a criatividade, que permita ao aluno ter experiências e vivências criativas, porém a atitude do professor é fundamental para que isso ocorra.

O professor que estimula a criatividade em sala de aula permite ao aluno pensar, desenvolver ideias e pontos de vista, fazer escolhas, compartilhar e conectar experiências, desenvolver o senso crítico. Mas, infelizmente, em detrimento de um ensino dito “forte” e capaz de fazer os alunos serem aprovados nos vestibulares mais disputados, algumas escolas priorizam o conteúdo e deixam de lado atividades  que estimulem a curiosidade, o gosto pelo saber, o pensamento autônomo e a criatividade.

Algumas pessoas me perguntam: então você não acredita no ensino de conteúdos? A escola não deveria priorizá-los? E eu sempre respondo a mesma coisa. Claro que a escola deve ensinar alguns conteúdos (eu disse ALGUNS), visto que esse é um dos papeis dela. A escola deve garantir condições para que todos os alunos aprendam os conteúdos necessários para a vida em sociedade. Mas também deve abrir espaço – e um espaço muito grande – para o desenvolvimento do senso crítico, da cidadania, do pensamento, das experiências motivadoras...

As escolas adoram dizer que estão “preparando os alunos para a vida”... E isso dói! Como assim PREPARANDO PARA A VIDA? Quer dizer que os 12 anos em que os alunos frequentam a Educação Básica não são VIDA, mas apenas preparação? Mas que preparação é essa que está longe da realidade? Que preparação é essa que não dá valor às experiências? Realmente, não consigo entender!

Algumas escolas que priorizam o conteúdo e só “preparam para o vestibular” acabam enchendo os alunos de informação (isso mesmo, informação e não conhecimento) e de atividades e tarefas para que os pais percebam o quanto a escola é “forte” e "difícil".

Qual o significado de tudo isso? Sim, porque eu não acredito em educação sem significado. E não deve ter significado apenas para a escola, professores ou pais. Deve ter significado para os alunos! Só assim eles conseguirão transformar o conteúdo e as informações em conhecimento e por consequência aplicarão isso na vida, de forma prática.

Como diria Albert Einstein, “é um milagre que a curiosidade sobreviva à educação formal”.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

“Aí é que tá”


Às vezes me pergunto o que há de errado comigo (Amigos, não precisam responder!), porque me sinto um tanto deslocada das conversas de alguns amigos, da sociedade em geral... Da vida!
Não é crise existencial, eu juro e explico...

Acompanho muita gente pelas redes sociais, gente da minha idade, um pouco mais novos e alguns um tanto mais velhos e percebo que em algum momento da vida, escolhi um caminho diferente.
Não estou aqui julgando ninguém, muito menos querendo apontar o que é certo e o que é errado. Quem me conhece sabe que não sou esse tipo de pessoa! Pode ser até que essa versão de Elisa que me tornei esteja “fora de moda”.

Assim, ao invés de falar dos outros, vou falar de mim. Como sou e do que gosto e por consequência, entenderão o porquê de eu me sentir deslocada.

Não sei falar as gírias do momento, e não tem nada a ver com querer parecer “culta”, muito menos achar errado esse tipo de linguagem. Acho perfeitamente normal, em determinados contextos.

Não curto os funks, raps e músicas do gênero que tocam hoje em dia em todas as baladas (por favor, amigos funkeiros, não me crucifiquem!). Até sei cantar alguns e dependo da ocasião, danço e brinco, mas na minha playlist há músicas bem diferentes. Nem melhores, nem piores... DIFERENTES!

Não que eu seja saudosista e ache que as músicas de hoje não prestam... Não apoio esse papo de gente que se prendeu ao passado. Mas, sabem o que eu realmente gosto de ouvir? Alguns amigos me vaiam quando digo; outros dizem que nasci na época errada... Pois bem, não sou daquelas que elege um gênero musical e segue ouvindo-o até a morte. Ouço tudo que me agrada, sem preconceitos... Ouço o que faz bem ao meu ouvido e, principalmente, a minha alma. Por isso “coisas” do tipo: Titãs, Kid Abelha, Marisa Monte, Lulu Santos, Legião Urbana, Barão Vermelho, Paralamas, Skank, Cássia Eller, Roxette, Guns and Roses, Aerosmith, Nirvana, 4 Non Blondes, Red Hot Chili Peppers (os melhores), Goo Goo Dolls, Scorpions, Pink Floyd, ACDC (e muitos outros) estão entre os que gosto de ouvir! E eu NÃO VIVO SEM MÚSICA!

Ah, mas alguns vão dizer: “E o samba? Sabemos que tu adoras um sambinha!”. E é verdade! Não posso negar minha origem... Criei-me ouvindo Paulinho da Viola, Zeca Pagodinho, Clara Nunes, Arlindo Cruz, Sombrinha, Beth Carvalho, Fundo de Quintal, João Noqueira, Nelson Cavaquinho, entre outros. Portanto, o samba tem um lugar especial na minha playlist e no meu coração.

Além disso, essa banalização do amor e das relações amorosas em perturbam. Alguns conseguem dizer “Eu te amo!” assim como trocam de roupa. Nunca entendi como você pode se declarar extramente apaixonado por uma pessoa em um dia e no outro aparecer “agarrado” em outra. E com as redes sociais “bombando” (óhh, consegui encaixar uma gíria), o que não faltam são declarações de amor eterno lindas e dignas de lágrimas, mas fora do mundo encantado do twitter e do facebook, as coisas não são tão assim “conto de fadas”. A pessoa consegue no mesmo instante enviar uma mensagem de amor e ligar para outra marcando um “encontrinho”. Fico pasma e boquiaberta!

Sem falar no que penso sobre a educação, a preservação ambiental, a política etc. Que dariam posts e até livros à parte!

Ai ai ai... Poderia ficar aqui escrevendo e escrevendo, mas não quero parecer a velha “caquética”, santa e culta. Estou bem longe disso!

Apesar de jovem, antenada, curiosa, crítica... Acredito em coisas, que muitos jovens não acreditam mais! Valorizo coisas que já perderam valor há muito tempo! Luto e brigo por aquilo que muitos não movem um dedo! E novamente declaro: NÃO É SAUDOSISMO!

“Aí é que tá”... Não sou do tipo que acha que “o mundo era bem melhor antigamente” quando as pessoas não tinham liberdade para contestar as imposições sociais. Bem pelo contrário, acredito que cada época é uma época (Graças a Deus!) e que só devemos resgatar do passado o que for atemporal, ou seja, aquilo que foi bom ontem, que é bom hoje e que será bom amanhã.

Então, gente bonita, acho melhor eu seguir assim, meio deslocada, porque é do meu jeito torto que eu sou feliz!

sexta-feira, 2 de março de 2012

O ensino de gramática – frases ou textos?



Durante muitos anos, o trabalho do professor de língua portuguesa baseava-se no ensino por meio de palavras ou frases isoladas. Com o advento da Linguística Textual, o objeto de análise tornou-se o texto. Alguns cogitaram não mais ensinar gramática. Para esses, a leitura e análise de textos – sem nenhuma sistematização quanto à gramática – seriam suficientes para que ela fosse aprendida. A justificativa era de que bastava um conhecimento mínimo de gramática para haver comunicação. Entretanto, sabemos que só comunicar-se, em certas ocasiões, não basta: é preciso fazê-lo de acordo com certas convenções e obedecendo a certas normas que são consideradas “padrão”.
Esse ensino de gramática, contudo, não deve tomar como base a regra pela regra, explicada e exercitada, usando como exemplos frases soltas e descontextualizadas. Não adianta, também, usar o texto como pretexto e continuar com o ensino normativo e classificatório.
O texto deve ser o ponto de partida e de chegada das aulas de língua portuguesa, já que é no texto e por meio dele que a linguagem se constrói e muitos dos fenômenos linguísticos só podem ser estudados a partir da exposição de diversos tipos de textos, para que o aluno seja capaz de adequar sua linguagem às diferentes situações comunicativas. É necessário, portanto, atentar para que o ensino de gramática seja empregado em uso e para uso, procurando inseri-lo em situações que se aproximem da realidade.
Diante dessas informações, muitas dúvidas afloram e para algumas delas as respostas, infelizmente, não são satisfatórias. Será que podemos afirmar que, atualmente, os professores e suas práticas de ensino estão inseridos na perspectiva textual? Ou, apenas, vestiram a pele do cordeirinho, mas continuam sendo os mesmos lobos que, amarrados à gramática normativa, usam o texto como álibi?
Com a perspectiva textual o ensino de gramática passa a ser utilizado na construção e uso dos textos, porque, dessa forma, refletimos sobre o uso linguístico, E é refletindo sobre a língua que se pode chegar ao sistema que a regula.
A função da gramática é de ampliar a capacidade do aluno em usar a língua, desenvolvendo competência linguística, por meio de atividades com textos. No momento em que os alunos entendem que as regras são variáveis de acordo com o emprego, seu rendimento escolar torna-se mais eficiente. A escola, portanto, deve trabalhar para que os alunos sejam capazes de reconhecer e utilizar a língua de forma adequada aos diferentes contextos que surgirão ao longo de suas vidas.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Menos um PROBLEMA


Pois é, olha eu aqui falando de um dos meus “bichos-papões”! 
Tenho que confessar que foi difícil, uma luta árdua, anos e anos... Mas agora eu consigo dizer, assumir, gritar e o mais legal: sem ter vergonha!

Então, lá vai: Eu sou GORDA!

Ahhh, PARA!!! Vocês devem estar se perguntando: “Sério que era isso?”, “Por acaso essa moça não tinha espelho em casa, ou uma tia chata pra lhe dizer isto?” Sim, porque sempre tem uma tia que ao lhe ver vai logo dizendo: “Como tu engordou, minha filha”.

E eu respondo: Claro que sim!
Espelhos, tias chatas, homens, mulheres, crianças, papagaio, periquito...
Mas era tão constrangedor pra mim. Eu me sentia uma pessoa doente, horrível! Diferente das demais, incapaz de ser bonita. Nunca estava bem e ficava constrangida com elogios. Pensava: “ O que ele/ela quer me elogiando, será que é deboche?”

Assim foi na escola, no trabalho, nas festas, entre os amigos e até na própria família (que pra mim, é a pior de todas, no quesito “vamos humilhar a gorda”).

E não estou contando isso para que peguem seus lencinhos e tenham pena da gordinha... Nada disso!
Eu não tenho mais pena de mim! Eu aprendi a me amar e a me aceitar exatamente como sou/estou! Aprendi que ninguém te dá valor se você mesmo não acredita que vale alguma coisa. Aprendi, por mais piegas (e coisa de gorda) que possa parecer, que ser bonita vai muito além de um corpo; é um estado de espírito.

A terapia ajudou muito e hoje sou (estou me tornando) uma nova pessoa. Então para aqueles que acham que estão me ofendendo quando me chamam de gorda. Sinto muito!!! Terão de se esforçar mais.


Meu peso é um problema pra você?!?! Pra mim não!

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Emoticons :-)

Gostei do texto e resolvi publicar...
Boa leitura!!
Adriana Gandin

Emoticons :-) são boa ferramenta para comunicação corporativa 
Publicado em 28/02/2011 – Folha de São Paulo - PUBLICAÇÃO ORIGINAL

Você deve ter escrito ou recebido e-mails que foram mal interpretados -- tinham um tom e foram lidos de outro jeito.

De acordo com o blog The 99 Percent, a tecnologia cria um vácuo que as pessoas automaticamente preenchem com palavras que podem ter um cunho negativo. Em um esforço pela concisão e pela produtividade, podemos ser percebidos como sarcásticos ou rudes.

Algumas ferramentas estão surgindo para lidar com esse fenômeno. Um aplicativo chamado ToneCheck escaneia seu e-mail antes de você enviar e procura por sinais de negatividade, sugerindo substituições que podem fazer sua comunicação mais positiva.

Scott McDowell, que trabalha com líderes empresariais e equipes de criação para melhorar a colaboração e autor do post em questão, fez alguns experimentos para evitar esse tipo de situação.

1) Preste atenção à gramática. Releia seu e-mail. Uma frase mal escrita pode levar a uma série de mal-entendidos.

2) Considere emoticons. Embora alguns possam perceber :-) e ;-) como algo infantil, é uma ferramenta interessante para esclarecer o tom que você está usando. McDowell considera que é a ferramenta mais útil para esse fim.

3) Use frases que sugiram opções. Perguntas podem ser melhor recebidas do que afirmações. Algo como "Acredito que você havia mencionado que revisaria nossa página do Facebook. Sei que tivemos uma troca de e-mails, mas queria confirmar com você o que acertamos. Seria possível?"

4) Avalie outras opções. O e-mail é mesmo o melhor meio de enviar aquela mensagem? Por vezes, conferências ou ferramentas de mensagens instantâneas podem funcionar melhor.