A criatividade é um assunto bastante discutido,
principalmente entre alguns cientistas e escritores. Vygotscky, em sua obra “Criação e imaginação”,
afirma que criatividade é a atividade criadora que faz do homem um ser que se volta
para o futuro e modifica seu presente. A criação, portanto, é a condição
necessária da existência.
Para Steve Jobs, um dos grandes nomes da tecnologia,
criativos são aqueles capazes de conectar suas experiências com ideias novas e sintonizadas. E a razão para serem capazes de fazer isso,
segundo ele, é que tiveram mais experiências ou pensaram mais sobre suas
experiências.
Experiência. Parece que essa é a palavra-chave para
desenvolver a criatividade. Mas como a
escola lida com a capacidade criativa dos jovens? A experiência é valorizada no
âmbito educativo? Nem sempre essas respostas são positivas, mas deveriam
ser. Há inúmeras formas e estratégias
que levam a um ambiente propício a criatividade, que permita ao aluno ter
experiências e vivências criativas, porém a atitude do professor é fundamental
para que isso ocorra.
O professor que estimula a criatividade em sala de aula
permite ao aluno pensar, desenvolver ideias e pontos de vista, fazer escolhas,
compartilhar e conectar experiências, desenvolver o senso crítico. Mas, infelizmente, em detrimento de um ensino dito “forte” e capaz
de fazer os alunos serem aprovados nos vestibulares mais disputados, algumas
escolas priorizam o conteúdo e deixam de lado atividades que estimulem a curiosidade, o gosto pelo
saber, o pensamento autônomo e a criatividade.
Algumas pessoas me perguntam: então você não acredita no
ensino de conteúdos? A escola não deveria priorizá-los? E eu sempre respondo a
mesma coisa. Claro que a escola deve ensinar alguns conteúdos (eu disse
ALGUNS), visto que esse é um dos papeis dela. A escola deve garantir condições
para que todos os alunos aprendam os conteúdos necessários para a vida em
sociedade. Mas também deve abrir espaço – e um espaço muito grande – para o
desenvolvimento do senso crítico, da cidadania, do pensamento, das experiências
motivadoras...
As escolas adoram
dizer que estão “preparando os alunos para a vida”... E isso dói! Como assim
PREPARANDO PARA A VIDA? Quer dizer que os 12 anos em que os alunos frequentam a
Educação Básica não são VIDA, mas apenas preparação? Mas que preparação é essa
que está longe da realidade? Que preparação é essa que não dá valor às
experiências? Realmente, não consigo entender!
Algumas escolas que priorizam o conteúdo e só “preparam para
o vestibular” acabam enchendo os alunos de informação (isso mesmo, informação e
não conhecimento) e de atividades e tarefas para que os pais percebam o quanto
a escola é “forte” e "difícil".
Qual o significado de tudo isso? Sim, porque eu não acredito
em educação sem significado. E não deve ter significado apenas para a escola,
professores ou pais. Deve ter significado para os alunos! Só assim eles
conseguirão transformar o conteúdo e as informações em conhecimento e por
consequência aplicarão isso na vida, de forma prática.
Como diria Albert Einstein, “é um milagre que a curiosidade
sobreviva à educação formal”.
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