terça-feira, 22 de novembro de 2011

Novas gerações... Muitas esperanças...

Hoje é dia de escrever sobre as gerações (afinal essa é uma das temáticas propostas para este blog)!
Sou (Adriana) da geração X que tem muitos desafios a aprender com as novas gerações. Um dos grandes desafios a ser vencido é o do compartilhamento. Isto mesmo, é difícil para alguém da geração X dividir seus conhecimentos (graças a Deus não é o meu caso... acho que já evolui neste sentido...). É interessante verificar como os mais jovens tem publicado seus escritos, descobertas, segredos, conquistas... sem muito medo de serem "roubados". Querem simplesmente espalhar suas ideias por aí e serem reconhecidos por isso!!
O que mais me intriga é que a escola, de um modo geral, não aproveita este detalhe, continua exigindo que os alunos trabalhem individualmente e que pouco compartilhem e construam ideias e textos em grupos. Aliás, na minha opinião, as pessoas estão escrevendo e lendo mais e isso também não é bem aproveitado na escola. Mas isso é para um próximo post...
Infelizmente a escola sempre perde a chance de estar à frente da história...

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3 comentários:

  1. Adri, querida! o que escreveste é verdade! Mas em parte. Na escola pública vimos surgir um fenômeno ainda não bem compreendido, não estudado, que contradiz o que "se pensa que se sabe" sobre as novas gerações. As crianças que estão chegando no 1º ano, cada vez em maior número, têm pouco ou quase nenhum contato com o universo letrado e no caso das classes populares, muito menos com a web. Boa parte apresentando vocabulário e pronúncia compatíveis com crianças bem menores. Se dependesse das escolas, dos professores e dos alunos, com certeza, as novas tecnologias estariam em uso, sendo exploradas como ferramenta de desenvolvimento e aprendizagem da gurizada, em todas as idades. Mas o que a realidade nos impõe são computadores antigos, sistemas caóticos e insuficientes. A escola, nesse caso não perde a chance; está sendo excuída desse processo.
    Bjks,
    Soraya

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  2. Oi, Sô!! Que bom te ver por aqui!!
    Na verdade, desta vez, nem "falei" sobre tecnologia no meu texto...
    Me refiro à necessidade de realização de um trabalho mais consistente (urgente e necessário) na escola que valorize melhor o potencial das novas gerações. ;-)

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  3. Adri, refiro-me também às novas tecnologias como um detalhe. Minha preocupação é sobre "o que se pensa que se sabe sobre as novas gerações". Na escola pública vimos chegar crianças que, aos seis anos, pouco ou nunca tiveram contato com "materiais gráficos" (livros, revistas, internet,etc). Observa-se que grande parte delas não tem (ou não se apresenta)alguém para conversar, aprender a falar, brincar, etc. O único espaço de brinquedo da maioria é a escola. Mais da metade das crianças que ingressaram esse ano comunicavam-se por palavra-frase e apresentavam trocas e ausências significativas de fonemas na fala (algumas incompreensíveis). Alguns sequer conseguiam nomear as cores básicas (vermelho, amarelo, azul), o nome da mãe ou do pai; teve casos de não saber o seu próprio nome! Pouquíssimos sabiam o dia do seu aniversário, muito menos que esse dia é o do seu nascimento. Boa parte não teve contato prévio com os instrumentos escolares (lápis, papel,cola, tesoura, tinta, argila, etc) com jogos, brinquedos e brincadeiras e, pasme, com outras crianças que não a do seu núcleo familiar. Então o que mais queremos é que elas criem ideias, ideais e relações para compartilhar e espalhar. A Leni V. Dornelles escreveu um livro há poucos anos intitulado "Infâncias que nos escapam: Da criança na rua à criança cyber". Hoje poderia ampliar o título, incluindo as crianças "ilhadas", "clausuradas", "invisíveis" ou coisa semelhante, ou não... O fato ,como disse, é que vimos surgir esse fenômeno - na sociedade da vertigem - onde crianças ingressam aos seis anos com se viessem do útero (desculpa o exagero). Então todas aquelas aprendizagens que fazíamos na família e na comunidade (na geração x), hoje é tarefa quase que exclusiva da escola, na qual temos investido toda a nossa potência, nas condições que comentei no meu post.
    PS: Adorei o blog, os textos e a possibilidade de trocar ideias com a minha querida e inteligentíssima "amiga/sócia"
    Soraya

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